Manuel Flores vai morrer Isso é moeda corrente Morrer é um costume Que sabe ter toda a gente
Amanhã virá a bala E com a bala o olvido Disse o sábio Merlin Morrer é haver nascido
Apesar disso me dói Despedir-me da vida Essa coisa tão de sempre Tão doce e tão conhecida
Olho na alba minhas mãos Olha nas mãos as veias Com estranheza as contemplo Como se fossem alheias
Quanto coisa em seu caminho Esses olhos terão visto Quem sabe o que verão Depois que me julgue Cristo
Manuel Flores vai morrer Isso é moeda corrente Morrer é um costume Que sabe ter toda a gente
Compositor: Jorge Luis Borges (SADAIC)Publicado em 1998 (01/Jul) e lançado em 1998 (01/Out)ECAD verificado obra #130645 e fonograma #562939 em 01/Abr/2024