Após ter criado o céu e a terra, deus parecia cansado. Tantos raios perenes, de furia e luz. De noites caladas, de instantes azuis Deus estava mesmo excessivamente preocupado
Então Deus perguntou ao seu Deus, Se ele abençoaria esse mundo, Mas só obteve como resposta Um silência profundo
Deus disse, Senhor, voz que sois o meu Deus E crisastes a mim Voz que sois o mais justo, o bem infinito Não me deixes pra trás, nem sufoque meu grito
Era verão e Deus não conseguiu dormir em seu próprio jardim E vieram animais, serpentes, pardais às portas do paraiso Dia e noite ocupado, um ser obcecado Como um Deus que perdeu o juizo
Do barro esculpiu, deu forma e cuspiu Sua obra de arte Inspirado e pocesso, arrancou-lhe a costela para que outra mais bela pudesse criar E pela primeira e última vez, Deus chorou de emoção.
Mas estava exausto, e não quis entender, O e chamou de pecado Que a terra seja maldita Eu não quero vocês aqui do meu lado.
Como criaturas que estavam ao controle do seu criador Enxertados que foram de ódio e vingança Não gostaram da imagem Nem viram semelhança
Os animais acharam que seu deus não era justo Então Deus perguntou ao seu Deus: Tanto tempo e esforço pra que E pensou como seria se ao menos um dia pudesse entender
Compositor: Marcelo Drumond Nova (Marcelo Nova) (UBC)Editor: Warner (UBC)ECAD verificado obra #6320430 em 01/Abr/2024