Sorria, sorria, sorria você está sendo filmado Não faça nada errado Celulares me tornaram, uma espécie de soldado Que espera sempre o caos pra usar como cenário
Vadias, vadias, vadias eu filmo a sua dança Minha lente sempre alcança A marca do biquíni, a calça agarrada Depois botar na rede e mostrar pra rapaziada
As brigas, as brigas, as brigas elas eu nunca aparto Adoro vias de fato, espero pelo sangue Minhas lentes querem a chance De botar lá no Datena um vídeo que seja chocante
Não não uso olhos para ver
A minha consciência perdi na adolescência Bombardeado por novelas que mataram minha inocência A violência foi vendida, a nudez oferecida Agora é minha vez de fazer filme com a minha vida
Filme de supermercado mostra uma execução Dez tiros no sujeito sem tempo de reação A câmera no prédio flagrou aquela menina Recebendo de uma rapaz que pede a alma feminina
Violência banalizada e oferecida sem restrição Nutrem os calos da alma que já não se importam com esta visão Banda podre do mundo mostrada sem cortes e sem figurino Se torna o passatempo de muitos meninos
Compositor: Tales Mello de Polli (Tales de Polli) (UBC)Publicado em 2017 (04/Jul) e lançado em 2017 (30/Mar)ECAD verificado obra #10488176 e fonograma #13610037 em 12/Abr/2024