Senhor, eu sou a Ilha! E no meu ventre essa verdade que impera Que é invisível entre becos e vielas De quem desperta, pra viver a mesma ilusão E vai trabalhar Antes do sol levantar de novo A voz do rancor não cala meu povo, não! Sou mãe! Dignidade é meu destino Rogo em prece meus meninos Ao longe, alguém ouviu Meus filhos são filhos dessa mãe gentil
Inocentes, culpados, são todos irmãos Esse nó na garganta, vou desabafar O chumbo trocado, o lenço na mão Nessa terra de deus-dará
Eu sei o seu discurso oportunista É a ganância, hipocrisia O seu abraço é minha dor, seu doutor Eu sei que todo mal que vem do homem Traz a miséria e causa fome Será justiça de quem esperou O morro vem pro asfalto e dessa vez Esquece a tristeza agora É hoje, o dia da comunidade Um novo amanhã, num canto de liberdade
A nossa riqueza é ser feliz Por todos os cantos do País Na paz da criança, o amor da mulher De gente humilde que pede com fé
Compositores: Márcio André, Márcio André Filho, Daniel Katar, Júlio Alves, Marinho e Rafael Prates