Eu sou de lá Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é mar Eu sou de lá Terra morena que amo tanto, meu PARÁ
Eu sou de lá Onde as Marias são Marias pelo céu E as Nazarés são germinadas pela fé Que irá gravada em cada filho que nascer
Eu sou de lá Se me permite já lhe digo quem sou eu Filha de tribos, índia, negra, luz e breu Marajoara, sou cabocla, assim sou eu
Eu sou de lá Onde o menino Deus se apressa pra chegar Dois meses antes já nasceu, fica por lá Tomando chuva, se sujando de açaí
Eu sou de lá Terra onde outubro se desdobra sem ter fim Onde um só dia vale a vida que vivi Domingo santo que eu não posso descrever
Pois há de ser mistério agora e sempre Nenhuma explicação sabe explicar É muito mais que ver um mar de gente Nas ruas de Belém a festejar
É fato que a palavra não alcança Não cabe perguntar o que ele é O Círio ao coração do paraense É coisa que não eu não sei dizer Deixa pra lá...
Terá que vir Pra ver com a alma o que o olhar não pode ver
Terá que ter Simplicidade pra chorar sem entender
Quem sabe assim Verá que a corda entrelaça todos nós Sem diferenças, costurados num só nó Amarra feita pelas mãos da mãe de Deus
Estranho, eu sei Juntar o santo e o pecador num mesmo céu Puro e profano, dor e riso, livre e réu Seja bem vindo ao Círio de Nazaré.
Pois há de ser mistério agora e sempre Nenhuma explicação sabe explicar É muito mais que ver um mar de gente Nas ruas de Belém a festejar
É fato que a palavra não alcança Não cabe perguntar o que ele é O Círio ao coração do paraense É coisa que não eu não sei dizer Deixa pra lá...
Compositor: Fabio Jose de Melo Silva (Fabio de Melo) (ABRAMUS)Editor: Vocabularte (ABRAMUS)Publicado em 2013 (02/Fev)ECAD verificado obra #15668836 e fonograma #4134055 em 05/Abr/2024