Segue a estrada distraída, presa à saia que esvoaça Como sem se entrega à vida, entre as mãos que o vento enlaça No desenho desse andar, há um quê d'amor perdido Uma história por contar, dum desejo proíbido
Já sentada à sua porta, ergue os olhos para o céu Com a saia não se importa, porque a lua se acendeu Por encanto ou fantasia, acordei pela noite fora Nada mais na noite havia, que o meu sonho a ir-se embora
Numa sombra recortada, pelo chão vazio e duro Voa a saia amarrotada, de cetim em rosa escuro Entre o sonho e a realidade, um minuto sorridente Tem o espaço da verdade, em que a vida se desmente
Compositor: Aldina Duarte e Alfredo Marceneiro (Fado Laranjeira)Publicado em 2003 e lançado em 2013 (28/Nov)ECAD verificado fonograma #6121177 em 15/Mai/2024